A História do meu espaço- 2º fase do projeto BLIND DATE- Dossier de Exploração
O que era o local onde se situa o Terminal Fluvial Cais do Sodré e a sua origem:
O nome do Cais do Sodré tem origem nos irmãos António Vicente Sodré e Duarte Sodré que eram negociantes de imóveis deste local, vindo substitui a denominação do local por Remolares.
Contudo, quando este espaço ainda se denominava por Remolares, após o Terramoto de 1755, houve uma preocupação acentuada com o seu plano de reconstrução, que por sua vez constituiu-se desde o início, por uma estratégia de ligação e asseguramento de melhores condições ao nivél da circulação ao longo do Rio Tejo. Contudo, este plano pombalino mantém a separação entre a urbanização e o rio, através de uma construção com a funcionalidade de promover determinadas atividades marítimas.
Figura 1 | Levantamento de Lisboa por João Nunes Tinoco, 1650 e Sobreposição do Projecto de Reconstrução Pombalino
Figura 2| Sobreposição do Projecto de Reconstrução Pombalino
É neste sentido, que o levantamento de João Nunes Tinoco, de 1650, (figura 1), tal como a planta que é representada demonstrando o projecto de reconstrução pombalino (figura 2), torna possível uma visualização mais acentuada do local de outrora, onde comparece actualmente o Terminal Fluvial Cais do Sodré.
Posteriormente no século XX, inicia um Segundo momento de transformação deste espaço bastante importante, que irá ter uma maior atenção à organização geral do Cais do Sodré, algo possivél de verificar na figura 3 onde está presente uma vista aérea do local nos finais da década de 40.
Figura 3| Vista aérea, finais da década de 40
Posteriormente neste local foi construído O Terminal Fluvial de Cais do Sodré, através da empresa Transtejo ,que desde 2001 permanece numa constante procura pela satisfação das necessidades e desejos de um imenso número de passageiros que atravessam diariamente as duas margens do rio Tejo. A Transtejo foi criada em 1975, devido a grandes alterações políticas do país, em que o governo vigente definiu a junção e nacionalização de diferentes sociedades, que analisavam as cinco carreiras fluviais do rio Tejo, com a finalidade de interligar a cidade de Lisboa a distintas localidades da margem sul do país. Neste sentido, foi criada a Transtejo EP, objectivando uma coordenação e planeamento diferente e melhor das viagens através dos operadores fluviais do Tejo, pretendendo um legal e assíduo funcionamento.
Consecutivamente em 1977, houve uma preocupação em expandir e melhorar as infraestruturas dos portos e terminais constituintes da empresa, finalizando uma maior qualidade de serviço para com os seus clientes. Posteriormente, foi em 1981 que foi encerrado o Acordo de Saneamento Económico e Financeiro que permitiu uma melhoria ainda mais elevada da estrutura da empresa. Em 2001 a Transtejo une-se a Soflusa devido ao seu alcance pela totalidade do capital social de Soflusa.
Consequentemente, em 2007 foi criado o SAC, Serviço de Apoio ao Cliente inaugurado como um espaço para a resolução de problemas dos clientes e atribuição de informação generalizada, que por sua vez possui um horário de funcionamento que inicia às oito horas e acaba às sete e quarenta e cinco da tarde. Contudo, também foi neste ano que os passes válidos por trinta dias com possibilidade de obtenção em qualquer dia do mês foram criados.
Dois anos mais tarde em Março de 2009 é inaugurado o pontão de ferry no Terminal Fluvial de Cais do Sodré projetado pelo arquiteto português Pedro Botelho, oferecendo aos clientes da Transtejo a possibilidade de utilizar a ligação fluvial de Cacilhas para o Cais do Sodré. Paralelamente, também é iniciado o Interface de Transportes do Cais do Sodré ,que possui um papel fundamental na sociedade atual, constituído pela oportunidade de utilizar o transporte fluvial, os comboios urbanos, o metropolitano, os autocarros e finalmente, os eléctricos.
Atualmente, o edifício que constitui o Terminal, está coberto, tendo sido mandado edificar com o objetivo de se tornar uma vertente do design e arquitetura. Na sua construção houve recurso a materiais como o ferro, vidro, acrílico e o lusalite.